terça-feira, 21 de junho de 2016

Diz que sente, logo entende - 6



Venha a supertaça!



                Ainda não tinha começado o Europeu e eu já estava a ficar farto das “conversas de café” sobre a seleção. Escolheram o lema “ Não somos 11, somos 11 milhões” e levantaram-se vozes que não somos 11 milhões, que somos mais. Vozes certas, mas o lema não procurava a perfeição matemática mas sim a envolvência das palavras, querendo juntar os portugueses com a sua Seleção Nacional. É engraçado que os tais, que ficaram de fora desse número, são os principais a sentirem-na como Seleção Nacional e não como equipa com jogadores de vários clubes. São eles que sentem na Seleção a representação da nação, nas imagens que vemos, nas palavras que ouvimos saídas de gente de trabalho, de gente que não está em Portugal, gente que se quer orgulhar de ser português. Por cá as coisas são diferentes, interessa mais é saber se é do Benfica ou do Sporting, se o “Jaquinzinho” tem valor para ser titular ou se o “Manel” devia ter sido convocado. Normal, num país em que a cultura clubística ultrapassa os limites da essência da criação dos próprios clubes, em que ser de Braga não significa maioritariamente ser do Braga. Como se pode explicar que haja tanta gente a exigir tudo e não perdoar nada ao melhor jogador português de todos os tempos, melhor marcador da Seleção, com mais internacionalizações, que estejam mais ansiosos pelo desaire para poderem destilar, do que pela vitória para festejar. Só me apetece dizer que se o Rafa fosse do Benfica, só se ouviria: mete o RAFA!!!!

Eu prefiro dizer: venha a supertaça! 
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Carlos Lezón Bouças

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