domingo, 19 de junho de 2016

Diz que sente, logo entende - 5





Escolhido o mal amado



No mercado nacional, não havia disponível nenhum treinador, dentro das possibilidades do clube, que fosse do agrado da maioria dos adeptos do S.C. Braga. Salvador surpreendeu e escolheu um treinador que despediu em 2013. A sua dispensa não foi consensual na altura, embora grande parte dos braguistas tenha ficado satisfeita pois ao longo dessa época criaram uma imagem negativa do técnico. A exigência tem crescido nos sócios e isso traz coisas boas mas também alguma injustiça de vez em quando. Na minha opinião foi-se demasiadamente injusto para com Peseiro. Não me esqueço da vergonha que senti em Coimbra, quando grande parte dos presentes assobiaram o seu nome, após a conquista da Taça da Liga. Até parecia que era uma situação normalíssima no nosso clube. Ganhar uma Taça de cariz Nacional, com participação de todas as melhores equipas do país, já não acontecia há muitos, muitos anos. Nessa época havia conseguido o apuramento para a fase de grupos da Champions League e isso já era uma grande conquista. A participação na competição ficou negativamente marcada pelas duas derrotas com os romenos do Cluj. Mas ninguém se esquece das grandes exibições contra o poderoso Manchester United. Perdemos, é verdade, mas ficamos orgulhosos. Mas foi o facto de não conseguir atingir o terceiro lugar no campeonato que mais “chateou” Salvador e adeptos. Perder em casa com o Nacional da Madeira permitiu ao Paços Ferreira atingir esse lugar que dava acesso ao play off da Champions. Salvador deve ter entendido que Peseiro seria o mais capaz de substituir Paulo Fonseca e soube reconhecer o erro da sua dispensa. Reúnam-se os adeptos e apoiem a escolha que para mim é mais do que acertada.

Carlos Lezón Bouças

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