Escolhido o mal amado
No mercado nacional, não havia
disponível nenhum treinador, dentro das possibilidades do clube, que fosse do
agrado da maioria dos adeptos do S.C. Braga. Salvador surpreendeu e escolheu um
treinador que despediu em 2013. A sua dispensa não foi consensual na altura,
embora grande parte dos braguistas tenha ficado satisfeita pois ao longo dessa
época criaram uma imagem negativa do técnico. A exigência tem crescido nos
sócios e isso traz coisas boas mas também alguma injustiça de vez em quando. Na
minha opinião foi-se demasiadamente injusto para com Peseiro. Não me esqueço da
vergonha que senti em Coimbra, quando grande parte dos presentes assobiaram o
seu nome, após a conquista da Taça da Liga. Até parecia que era uma situação
normalíssima no nosso clube. Ganhar uma Taça de cariz Nacional, com
participação de todas as melhores equipas do país, já não acontecia há muitos,
muitos anos. Nessa época havia conseguido o apuramento para a fase de grupos da
Champions League e isso já era uma grande conquista. A participação na
competição ficou negativamente marcada pelas duas derrotas com os romenos do
Cluj. Mas ninguém se esquece das grandes exibições contra o poderoso Manchester
United. Perdemos, é verdade, mas ficamos orgulhosos. Mas foi o facto de não
conseguir atingir o terceiro lugar no campeonato que mais “chateou” Salvador e
adeptos. Perder em casa com o Nacional da Madeira permitiu ao Paços Ferreira
atingir esse lugar que dava acesso ao play off da Champions. Salvador deve ter
entendido que Peseiro seria o mais capaz de substituir Paulo Fonseca e soube
reconhecer o erro da sua dispensa. Reúnam-se os adeptos e apoiem a escolha que
para mim é mais do que acertada.
Carlos Lezón Bouças
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