quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Desenhos

A vida é um rolo compressor, que num piscar amassa e liberta como se fossemos desenhos animados com a capacidade de espalmar e encher e cortar e colar. Gostamos de coisas, fazemos por elas. Esquecemos pessoas, aquelas que interessam verdadeiramente se queres ser feliz e que te dotam da capacidade  de ser desenho animado e não de parede.


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Obrigado Prof. Pinto de Carvalho

Acredito que todos os professores nos deixam marcas. Umas boas, outras nem tanto, mas acredito que cresci com todos. Este foi talvez um dos mais marcantes. Acredito que para quase todos os que passaram pela opção de Desporto na ESCA. Foram muitos anos sem o ver, mas sem nunca esquecer. Ficará para sempre na minha memória! Obrigado

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Num arfar do Outono

Aproxima-se o final e num arfar amarelo mel, rubro acastanhado o Outono ganha protagonismo. As folhas caem, outras voam, transitam de estado e de lugar mas não deixam de ser as mesmas. Ficam diferentes, mais sabedoras, miram quem amam de uma forma indescritível. Ninguém sabe ao certo como o fazem mas muitos sentem profundamente, quem as amava, quem as continua a amar. Elas são as mesmas, só mudaram de lugar. 
Dedicado ao amigo João Luís Afonso
Carlos Lezón Bouças 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Diz que sente, logo entende - 15

Quando o tiro sai pela culatra

                Tenho muito orgulho na “Legião”, mas isso não me faz entrar em muitas das batalhas que parte significativa dos braguistas costuma promover. Nunca apoiei espadas apontadas aos nossos. O que poderemos ganhar com isso? O que ganhamos com os vergonhosos assobios, ao Peseiro, em Coimbra quando ganhamos a Taça da Liga? Ficarmos em 9º na época seguinte. O que ganhamos com os assobios ao Pedro Santos? Foi uma época emprestado para o Rio Ave. O que ganhamos com os assobios ao Micael? Ao Luiz Carlos? O que vamos ganhar com os assobios ao Wilson? Nada!!!! São nossos, temos que os apoiar, tentar ajudar e não o contrário. Surge esta treta no momento em que perdemos o Rafa e ganhamos a afirmação do Pedro Santos. O P. Santos fez uma época excelente e está a começar ainda melhor. O Wilson esteve muito bem no Estoril, não passou a ser bestial mas também não era nenhuma besta. Se o queremos melhor, temos que apoiar e ajudar a sê-lo. Ou alguém acha que ele vai jogar melhor quando o assobiam?

Não temos os apoios externos de comunicação social nacional, das estruturas futebolísticas nacionais, por isso devemos estar sempre unidos a lutar pelo S.C. Braga. “muitos querem derrubar-te, mas tuas gentes não…”, os Gverreiros serão mais, a Legião será melhor e o SC. Braga ganhará mais! 
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Carlos Lezón Bouças

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Diz que sente, logo entende - 14

A lei do mais forte

                Começou a Liga NOS e ineditamente, os dois maiores clubes do Minho, os eternos rivais, defrontaram-se em Guimarães na primeira jornada. Neste derby número 132 foram os Gverreiros a conquistar a cidade berço. Com esta vitória do S.C. Braga, a contabilidade histórica dos derbies ficou igualada, 52 triunfos para cada, mais 28 empates. Os Gverreiros podiam ter ficado abalados pela derrota na Supertaça da semana anterior e os Conquistadores, ávidos de conquistas, tinham o balsamo de jogar em casa untado à vontade de se superiorizar ao rival, que tem repetidamente ficado num patamar inalcançável. Não há dúvida que estes jogos desencadeiam paixões e emoções incontroláveis. E para os jogadores que cresceram nos respetivos clubes essa magia é ainda maior. Eu sei do que estou a falar! O Guimarães apresentou dois jogadores naturais da cidade, o Braga nenhum! Nas bancadas também havia mais adeptos vimaranenses que braguistas, embora se tenha que realçar a grande deslocação de Gverreiros e o magnífico apoio à sua equipa.
Peseiro deu seguimento ao que de bom a equipa havia feito em Aveiro e apresentou uma disposição tática semelhante ao que fez na melhor parte desse jogo. Pedro Santos deu continuidade à sua magnífica época anterior e à exibição superior que fez na Supertaça fazendo um golo soberbo e cotando-se com a distinção de melhor em campo. O jogo foi disputado, foi aguerrido e os Gverreiros aguentaram a vantagem alcançada com alguma classe e suor. Começar a ganhar é bom, começar a ganhar em Guimarães é ainda melhor. Apetece dizer que, futebolisticamente falando, Portugal está em grande!

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Carlos Lezón Bouças

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Diz que sente, logo entende - 13



A insustentável coragem de mudar



                Disse que Peseiro estava a dificultar a sua tarefa, ao mudar o sistema tático que tanto êxito teve no ano anterior. No jogo com o Villareal foi nítido o desacerto do setor intermediário, uma organização desorganizada, digo eu. Os três médios parece que não sabiam o que fazer e isso foi ainda mais percetível com a “discussão” que Vukcevic teve com o treinador na altura da sua substituição. Peseiro foi teimoso e insistiu na sua ideia, apresentando a mesma disposição desse jogo, na Final da Supertaça. Correu mal como infelizmente era expectável. Os primeiros vinte minutos da final foram muito maus. Os jogadores estavam bem distribuídos no campo mas pareciam estáticos e apenas reativos, sendo facilmente ultrapassados pelos adversários, apenas Pedro Santos parecia querer manter o mesmo fulgor da época passada. Estava instalada a sensação do “eles não sabem o que têm que fazer”. Foi nessa altura que Peseiro acordou ou reconheceu.
E brindou-nos com uma nuance diferente do 4-4-2 do ano anterior, com Rafa assumir o papel de segundo avançado. Foi uma alteração que mudou radicalmente o que se estava a passar no terreno de jogo. O Braga passou de dominado a dominador. E não foi consentido, foi conquistado! Na segunda parte acumularam-se as oportunidades desperdiçadas pelos Gverreiros. Rafa criava frequentes dores de cabeça aos adversários mas falhava na finalização. Depois aconteceu futebol, ou o que dizem que é futebol. Quem não marca, sofre. Sofremos, mas esses não nos magoaram muito. A tentação é que nos matou, não foi Mister?
ps A organização do jogo foi uma vergonha, FPF devia-se retratar.
Carlos Lezón Bouças

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Diz que sente, logo entende - 12

Vermelho e branco

A Veneza portuguesa vai receber a disputa do primeiro título oficial da época. Os Gverreiros do Minho enfrentam-se ao tri campeão, o clube com mais adeptos e com quem o Braga tem desenvolvido,na última década uma rivalidade antagónica à história dos clubes e principalmente à preferência clubística de muitos bracarenses. Vários jogos importantes e decisivos se jogaram entre os clubes nestes últimos anos. Será a primeira final entre os dois clubes nesta nova era. Na minha opinião o Benfica está em posição de favorito. Perdeu dois jogadores importantes mas manteve toda a estrutura técnica, não  precisando de mudanças.



 O Braga teve que mudar, a saída de Paulo Fonseca a isso obrigou. Peseiro tem tentado, neste início de época, implementar as suas ideias. A disposição tática da equipa alterou de 4-4-2 para 4-3-3. Teoricamente é mais fácil esta mudança do que a que fez Fonseca com tanto êxito. No entanto, há sempre um processo de adaptação que se quer concluído rapidamente. A instabilidade do plantel também é um problema, todos os dias se fala de jogadores pretendidos, de milhões oferecidos. Não será propriamente fácil para o treinador gerir ansiedades. Não se sabe se Rafa será opção válida, pelo pouco tempo de trabalho, nem se ainda estará ao serviço do clube. O que tenho a certeza é que nas bancadas será o vermelho a brilhar. Mesmo que em minoria o vermelho tem muito mais identidade que o encarnado. 
Carlos Lezón Bouças

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Diz que sente, logo entende - 11



O Inferno de Pedra

Não tenho memória, de uma época sem jogo de apresentação. A substituição do relvado do Estádio Municipal de Braga, obrigou a que o S.C. Braga optasse por uma solução alternativa, o    “SC Braga Day” no próximo 31 de julho. Levou também, a que o clube voltasse a utilizar o “velho” Estádio 1º de Maio para jogos de preparação da sua equipa principal. Reacendeu-se a mística do “cortejo” Avenida abaixo, rumo ao granítico palco de uma grande parte da história do Braga. Continua a não ser consensual, para a massa associativa, a opinião sobre qual o melhor “ Forte” para o clube. Confesso que passei a minha infância, a ver o Braga, no 1º de Maio. Não me esqueço do frio da sombria central nem do quente sol frontal na superior. Do mar de guarda chuvas, nas tardes invernosas, que obrigavam a uma ginástica especial e à astúcia na escolha do degrau mais alto para poder ver o relvado. Também lá treinei muitas vezes, enquanto o Sr. Branco (marcante roupeiro) fazia os seus exercícios na bancada. Senti o cheiro da relva acabada de cortar, subi e desci as escadas de acesso ao campo um incontável número de vezes. Até aulas de atletismo lá tive. É incontornável o peso desse passado. Mas no entanto, eu sou grande adepto do EMB, da “Pedreira”, do “Inferno de Pedra”. A ironia fez com que se passasse de um estádio com bancadas em granito, para um assente numa pedreira. Foi aqui que já se jogaram as mais importantes e excitantes partidas de futebol da vida do Braga. Já se jogaram duas fases de  grupo da  Champions League,  uma meia final vitoriosa da Europa League, se recebeu a Intertoto. Já conquistou a sua eternidade na história do clube e em muito menos tempo. O clube tomou para esta temporada uma decisão que penso vir a ser determinante para a sustentação do cognome “Inferno de Pedra”. O facto de os lugares anuais de Gverreiro, serem apenas para as bancadas inferiores vai potenciar o ambiente braguista na sua plenitude! 
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Carlos Lezón Bouças

terça-feira, 19 de julho de 2016

Diz que sente, logo entende - 10



pero que las hay, las hay

«No creo en brujas, pero que las hay, las hay» é um dito popular em castelhano, ao qual se atribui origem galega. Com efeito, a figura da bruxa (ou da "meiga", como se diz em galego) está muito arreigada na Galiza. O futebol é sem dúvida um “mundo” onde feitiços, superstições, rezas e demais esoterismos abundam. Claro que não estamos em África nem no Brasil mas por cá também não faltam supersticiosos e mensageiros da desgraça. É inquestionável que José Peseiro não é propriamente um sortudo. Aliás, é visto como um discípulo do azar, desde aquela época no Sporting em que perdeu o campeonato na Luz e deixou fugir a competição europeia em casa depois de estar a ganhar. Na sua primeira passagem por Braga também não foi muito afortunado. Lembramo-nos, facilmente, da quantidade de centrais que teve que utilizar durante a época devido a lesões graves. Este ano a sua tarefa não se afigura nada fácil. O ano anterior foi um ano de sucesso e Peseiro resolveu aumentar o grau de dificuldade, tentando implementar um novo modelo de jogo, assente num desenho tático diferente. Dará à equipa uma ferramenta diferente que pode fazê-la crescer desde que não desperdice todo o trabalho anterior. Deverá ser mais um up-grade. Os trabalhos de pré época são fundamentais para esse trabalho e o S.C. Braga já acabou a segunda semana de trabalhos em que foi possível perceber essas diferenças encetadas pelo novo treinador. Ao primeiro jogo, lesão grave de Ricardo Ferreira, não me venham com a conversa de que é trabalho mal feito! Foi uma lesão ligamentar no joelho! No creo en brujas…
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Carlos Lezón Bouças