quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Do Baú

Andei a mexer nas recordações, nos recortes de jornais, nas fotos antigas.  
Foi um grande orgulho jogar no meu clube de sempre, poder entrar

em campo no Campo da Ponte, aos domingos de manhã, equipado e pronto para suar a mais bela camisola do mundo. Com muita gente a fazer o que eu fiz, acompanhando o meu pai, durante uns bons anos, ver as camadas jovens do S.C.Braga. Naquele tempo iam mais adeptos ao futebol. A oferta era muito pouca, poucos jogos davam na TV e por isso as camadas jovens eram um bom aperitivo para os jogos da equipa principal ou a substituição desses se fossem longe de Braga. Consegui jogar sempre, chegar a envergar a braçadeira de capitão. Naquela altura havia o campeonato de reservas e as
equipas da segunda divisão aproveitavam muitas vezes esses jogos para fazerem treinos de conjunto. Ainda júnior de primeiro ano comecei a participar nesses jogos. Partilhar balneário e o terreno de jogo com alguns jogadores que idolatrava na bancada. Consegui ser presença contínua nos treinos da equipa principal no meu segundo ano de júnior.
Grande vaidade que sentia mas conseguia disfarçar na busca do grande objetivo que era tornar-me jogador profissional do Braga. 
Consegui concretizar! Fazia parte do Plantel do S.C. Braga!
O problema é que naquela altura não se acreditava muito nos jovens e ou se era realmente muito bom jogador ( como Fernando Pires era) e se tinha oportunidade ou então era mais um para encher plantel. Realmente não se compreende como era possível ter mais de 30 jogadores no plantel!!!??? Imaginem que se fazia treino de conjunto e ficavam de fora bastantes jogadores. Comecei a tentar fazer parte dos tais 22 que iniciavam os treinos e as coisas foram correndo bem. Até que, na minha opinião, surgia a
oportunidade por mim tanto esperada. O João Mário, o Valtinho e outro médio que agora não me lembro, estavam indisponíveis para o jogo de Domingo, apenas o Derby Minhoto!!!! Estavam as portas abertas para ser convocado pela primeira vez. Desilusão! O treinador optara por levar para o banco um guarda redes, dois laterais, um central e um avançado. Não havia na altura a coragem de apostar nos jovens.
Continuava a jogar pelas reservas, fiz depois parte da primeira equipa satélite do S.C. Braga, o Maximinense,
tendo conquistado tudo o que havia para ganhar e ficando na história desse clube bracarense. No ano seguinte arrancava definitivamente a equipa B, na altura designada Arsenal de Braga. Optei por ser emprestado ao S.C. Vianense pois achava que podia conciliar os estudos e manter o nível competitivo. No ano seguinte regressei ao Arsenal de Braga, ainda com esperança de poder dar o salto à equipa principal. Não
aconteceu e depois optei por seguir uma carreira de futebolista amador e acabar o curso. Mas nada marca uma pessoa como ser atleta do clube do coração! Eu fui! 



Quem não sente, não entende

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Estranha forma de estar, de ser vianense

Estranha forma de se envolver com um clube que sim é centenário, sim já foi o mais representativo do distrito ou continua a ser, clube mais prestigiado da cidade, com Sede estrategicamente bem situada enfim tudo para ser e orgulhar ser. Dificuldades atrás de dificuldades, pessoas e mais pessoas, não muitas, poucas até tentam levar o barco ano após ano, mandato após mandato. É verdade que também asneira atrás de asneira. Sempre questionei: "mas afinal qual é a verdadeira dimensão do clube?" diz-se grande, vêem como grande mas acarinham-no como nada. A mediocridade dos poucos que aparecem, que preferem que corra mal para poderem dizer mal, insultar, tratar mal. A diferença que os mesmos medíocres agem para com os verdadeiros clubes de que são adeptos que vêem com outros olhos, que defendem até quando é indefensável. Assim o clube tem muitos poucos adeptos no estádio mas mais valia não ter nenhum pois para adversário já chega o que está no relvado e tenta ganhar-lhe.
Estranha forma de estar, de ser...coitado do clube
Carlos Lezon Bouças