Fasquia alta, muito
alta
Paulo Fonseca deixou uma marca
vincada de competência técnica, uma imagem de elegância na postura verbal e
não-verbal. Um craque. Mais uma vez o S.C. Braga teve que reconstruir uma
equipa depois de perder meia equipa, Éder, Zé Luis, Santos, Pardo, Rúben
Micael, Danilo. O líder soube descobrir o caminho, encontrou soluções
“esquecidas” dentro de casa, Boly e Vukcevic, escolheu com critério e qualidade
as aquisições, Hassan, Ricardo Ferreira, Stojiljković, Rui Fonte e Wilson, soube retocar com Josué e minimizar a
perda do Kritciuk com um Marafona que acabou herói. Mas fê-lo com uma qualidade
de jogo acima da média. O futebol é ingrato e por vezes uma série de jogos
menos conseguidos faz “esquecer” meses de coisas bem feitas, de jogos bonitos.
Confesso que fiquei curioso, após os
primeiros jogos de preparação, em saber se Paulo Fonseca abordaria todos os
jogos com aquela disposição tática. Um 4-4-2 que tanto é 4-2-2-2 como 4-2-4.
Efetivamente o Braga apresentou-se de igual disposição tática em todos os
jogos. Apenas a variação das peças faziam a alteração estratégica. Jogar com
Alan ou P. Santos, com Wilson ou Stojiljković, com Vuk ou F. Augusto ou Mauro.
Mas a identidade estava sempre lá. Futebol dominador, com preponderância
atacante, com qualidade. Dava gosto ir ver o Braga jogar. Foram muitos jogos,
muitas competições levadas quase até final. Claro que a conquista da Taça de
Portugal o poria como herói na história do clube, mas ele fez bem mais que
isso. O Braga ganhou novos adeptos pela qualidade. O próximo terá a dificuldade
acrescida de o substituir, não será fácil.
Carlos Lezón Bouças
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