terça-feira, 24 de maio de 2016

DIZ QUE SENTE, LOGO ENTENDE - 3



DIZ QUE SENTE, LOGO ENTENDE





Muito mais que uma Taça!



                É indesmentível o crescimento do S.C. Braga desde que António Salvador assumiu a presidência do clube. Os resultados melhoraram significativamente, foi ineditamente vice-campeão e terceiro classificado na 1ª Liga, finalista da Europa League, duas vezes finalista da Taça de Portugal, finalista e vencedor da Taça da Liga, duas participações na Champions League, três meias finais da Taça da liga, três meias finais da Taça de Portugal. Claro que os resultados interessam, claro que ajudam ao crescimento mas é esse crescimento que importa salientar. O Braguismo cresceu com ele. A massa associativa é cada vez mais jovem e é fundamental criar bairrismo, fazer crescer o orgulho em ser braguista. Comprou guerras, ganhou soldados. A Legião cresceu muito e assusta cada vez mais os grandes, que rabeiam com medo, querendo dividir o que Salvador soube unir. A desilusão da Taça perdida época passada, criou cicatrizes que ainda não estavam saradas e foram avivadas no minuto 90 pelo golo do empate. A desilusão parecia instalar-se na bancada. Mas os Gverreiros não baixaram os braços no campo. A Taça veio para Braga mas, muito mais que isso, ajuda à cimentação do crescimento do clube, da identidade da massa associativa. As crianças podem ir para a escola orgulhosas de serem vencedoras e isso é impagável. Por isso esta conquista é muito maior do que uma Taça!
Carlos Lezón Bouças

terça-feira, 17 de maio de 2016

Coluna no Minho Desportivo- 2



Diz que sente, logo entende

Apostar ou não, eis a questão!

                A decisão, do título da Liga NOS 2015/16, passava também pelo mais belo estádio do país, atualmente mais conhecido por Pedreira. Paulo Fonseca disse, e bem, antes do jogo que a final da Taça de Portugal era o jogo mais importante que faltava até final da época. Só não entende quem não quer. No entanto não agiu completamente de acordo com as palavras. Na minha opinião, arriscou demasiado utilizando muitos jogadores com demasiados jogos nas pernas. O Braga quer ganhar todos os jogos, é verdade, mas há jogos e jogos e este não era nada importante para o Braga. Nada mudaria, qualquer fosse o resultado, em termos classificativos. Pensando na equipa, só se poderia tirar partido positivo em termos psicológicos. Mas corria-se o risco inverso ao por “tanta carne no assador” e o resultado ser o que foi. Os Braguistas queriam ganhar? Queriam, mas com certeza preferem ganhar no Jamor e esta não terá sido a melhor opção para preparar a conquista da Taça. Se 70% dos portugueses, encarnados, ficassem chateados por acharem que estava facilitar, o problema era deles. Venha a Taça!

Carlos Lezón Bouças

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Coluna no Minho Desportivo

DIZ QUE SENTE, LOGO ENTENDE 


 DE CAPA E ESPADA


 Em vésperas do Cortejo Académico da Queima das Fitas de Coimbra, realizou-se um jogo transcendental para o futuro da A. Académica de Coimbra. Foram os Gverreiros do Minho que se enfrentaram aos estudantes nesse duelo. O S.C. Braga, há já muitos anos, que se distanciou desportivamente da Académica, os objetivos são diferentes, os resultados incomparáveis, a envolvência dos habitantes das duas cidades com os seus clubes mais representativos também atingiu diferenças brutais. A Académica será sempre um clube com muitos simpatizantes espalhados pelo país, fruto da força da Universidade de Coimbra por onde passam milhares de portugueses sentindo um pouco a Briosa. Neste jogo, os estudantes que se apresentassem trajados entravam “de borla” e, por isso, viu-se mais gente nas bancadas. Mas os conimbricenses não são da Académica. No Minho as coisas são diferentes, os bracarenses são cada vez mais braguistas. A “era Salvador” fez crescer a legião. A cidade de Braga cresceu, rejuvenesceu, a Universidade do Minho cimenta e assume um papel de relevo no Ensino Superior Português. Apesar de geograficamente Coimbra ser beneficiada, Braga é vista como a terceira cidade mais relevante do país. Não ganhou a capa nem a espada, embora no final se possa dizer, que os trajes negros serviram de luto pela descida de divisão da A. Académica de Coimbra e as espadas dos Gverreiros estavam quase limpas… devido à pouca intensidade que puseram no jogo, mas que praticamente garantiram o quarto lugar. Todos pensam no Jamor… mas Paulo Fonseca ainda tem muito que fazer até lá, nem que seja não perder a áurea de qualidade, que merecidamente conquistou.

Carlos Lezón Bouças