A insustentável
coragem de mudar
Disse
que Peseiro estava a dificultar a sua tarefa, ao mudar o sistema tático que
tanto êxito teve no ano anterior. No jogo com o Villareal foi nítido o
desacerto do setor intermediário, uma organização desorganizada, digo eu. Os
três médios parece que não sabiam o que fazer e isso foi ainda mais percetível
com a “discussão” que Vukcevic teve com o treinador na altura da sua
substituição. Peseiro foi teimoso e insistiu na sua ideia, apresentando a mesma
disposição desse jogo, na Final da Supertaça. Correu mal como infelizmente era
expectável. Os primeiros vinte minutos da final foram muito maus. Os jogadores
estavam bem distribuídos no campo mas pareciam estáticos e apenas reativos,
sendo facilmente ultrapassados pelos adversários, apenas Pedro Santos parecia
querer manter o mesmo fulgor da época passada. Estava instalada a sensação do
“eles não sabem o que têm que fazer”. Foi nessa altura que Peseiro acordou ou
reconheceu.

E brindou-nos com uma nuance diferente do 4-4-2 do ano anterior,
com Rafa assumir o papel de segundo avançado. Foi uma alteração que mudou
radicalmente o que se estava a passar no terreno de jogo. O Braga passou de
dominado a dominador. E não foi consentido, foi conquistado! Na segunda parte
acumularam-se as oportunidades desperdiçadas pelos Gverreiros. Rafa criava
frequentes dores de cabeça aos adversários mas falhava na finalização. Depois
aconteceu futebol, ou o que dizem que é futebol. Quem não marca, sofre.
Sofremos, mas esses não nos magoaram muito. A tentação é que nos matou, não foi
Mister?
ps A organização do jogo foi uma vergonha, FPF devia-se retratar.
Carlos Lezón Bouças
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